Policiais mexicanos reprimem manifestantes em Oaxaca

Policiais mexicanos atiram para o alto e tentam dispersar manifestantes que pedem renúncia do governador Ulises Ruiz

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Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia mexicana atirou para o alto nesta terça-feira para dispersar mais de cem manifestantes que estavam do lado de fora do Ministério da Economia. Este foi o último incidente de uma onda de confrontos que levaram muitos turistas a abandonar as cidades do país. O comandante da polícia, Aristeo Lopez afirmou que aproximadamente 20 oficiais disparam suas armas depois de serem atacados por paus e pedras atirados pelos manifestantes. Por outro lado, os manifestantes afirmaram que não provocaram os policiais. "Nós chegamos em paz e eles nos atacaram", afirmou Vicente Jesus Rodriguez, um dos que protestavam no local. O número de feridos não foi divulgado, mas muitos carros que estavam no local foram danificados. Os manifestantes pedem a renúncia do governador Ulises Ruiz, acusado de fortalecer sua vitória nas eleições de 2004 e de reprimir violentamente seus dissidentes. Desde junho as tensões vem crescendo na cidade, quando a polícia estadual atacou um grupo de professores que pedia aumento de salários na histórica praça central de Oaxaca. Desde então, milhares de professores, sindicalistas e membros de partidos da esquerda acamparam na praça, pichando os prédios públicos com slogans revolucionários, atacando fachadas de hotéis e erguendo barricadas. Muitas lojas permanecem fechadas. O número de acampados varia, nesta segunda-feira havia mais de dois mil no local, mas as manifestações de protesto trouxe milhares a mais. Os protestos paralisaram uma das maiores atrações culturais mexicanas, onde visitantes da cidade normalmente visitam os tradicionais mercados com produtos indianos, pirâmides indígenas e passeiam pelas ruas de pedra para ver os produtos locais. Os trabalhadores dos pólos culturais cancelaram festivais com o medo de que a violência pudesse ferir turistas e habitantes da cidade.

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