Um policial de Atlanta foi denunciado pelo homicídio de Rayshard Brooks, um jovem afro-americano que morreu após ser atingido por tiros em um estacionamento, anunciou nesta quarta-feira, 17, o promotor do distrito, Paul Howard.
Howard disse que Garrett Rolfe não tinha justificativa para atirar porque, "no momento em que Brooks foi abatido, não representava ameaça imediata de morte ou ferimentos físicos graves para os policiais".
O promotor acrescentou que constitui agravante o fato de, após abrir fogo, Rolfe ter chutado o corpo de Brooks enquanto ele estava no chão, sangrando.
Segundo o promotor, Rolfe e seu colega, Devin Brosnan, violaram múltiplas normas do departamento de polícia após deter o homem, a quem encontraram dormindo em seu carro, bloqueando o acesso de veículos a um restaurante da rede de fast food Wendy's, em 12 de junho.
A morte de Brooks ocorreu em meio a uma comoção social em todos os Estados Unidos pela morte de George Floyd, afro-americano morto por asfixia por um policial branco quando estava algemado e imobilizado no chão, em 25 de maio, em Minneapolis.
A morte de Floyd gerou protestos pelo fim da violência policial e do racismo.
Após a divulgação da morte de Brooks, novos protestos e marchas antirracistas foram registradas.
As denúncias contra Rolfe, que foi demitido da força policial no dia seguinte ao homicídio, podem resultar em pena de morte ou prisão perpétua.
Brosnan, que concordou em colaborar como testemunha para o estado na investigação do caso, enfrentará três acusações, inclusive de agressão com agravante. /AFP