Policial morre durante protestos contra Maduro na Venezuela

Além da vítima que teria sido ferida em 'ataque com armas de fogo', outras 120 pessoas ficaram feridas e 147 foram presas

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - Um policial morreu e outros dois agentes ficaram feridos durante protestos realizados na quarta-feira, 26, na Venezuela contra o governo do presidente Nicolas Maduro, informou o ministro do Interior e Justiça, general Néstor Reverol.Os confrontos durante a manifestação também deixaram mais de 120 feridos, de acordo com o líder de oposição Henrique Capriles. Já a ONG de defesa dos direitos humanos Foro Penal afirmou que ao menos 147 pessoas foram presas pelas autoridades.

"Lamentavelmente, temos um oficial da polícia do Estado de Miranda morto, José Alejandro Molina Ramírez, e há dois oficiais feridos, um por arma de fogo e outro por objeto contundente", disse Reverol em entrevista à uma emissora estatal.

Manifestante é preso pela Guarda Nacional Bolivariana durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro Foto: REUTERS/Carlos Eduardo Ramirez

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O incidente ocorreu quando os agentes desbloqueavam uma estrada entre Caracas e San Antonio de los Altos, cidade satélite da capital, que era ocupada por manifestantes, declarou o ministro. O general disse que os manifestantes iniciaram "um ataque com armas de fogo" contra os policiais que agiam para liberar a estrada.

Reverol acrescentou que duas pessoas foram detidas por envolvimento no ataque e anunciou que "ordenará um aprofundamento das investigações para esclarecer este homicídio". O militar fez um apelo "à paz" após as grandes manifestações da oposição na quarta-feira, em diversas cidades do país, devido à suspensão do processo para a revogação do mandato de Maduro. "Seguimos apelando à paz, à prudência".

Paralelamente, Diosdado Cabello, o número dois do chavismo, afirmou que as Forças Armadas e os trabalhadores ocuparão as empresas que aderirem à greve geral convocada pela oposição contra Maduro. "Conversei com o presidente. Empresa que parar, será empresa tomada pelos trabalhadores e pelas Forças Armadas", disse Cabello, deputado e ex-presidente da Assembleia Nacional, em seu programa de TV / AFP e REUTERS

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