Político democrata se reúne com embaixador do Iraque

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Clérigos nos Estados Unidos e no Iraque deveriam intervir para ajudar a evitar uma guerra, disse o reverendo Al Sharpton, ao término de um encontro com o embaixador iraquiano na ONU, Mohammed Al-Douri. Sharpton, um líder dos direitos civis que deverá concorrer à indicação para disputar as eleições presidenciais de 2004 no Partido Democrata, admitiu que o envolvimento de clérigos em negociações de paz talvez não funcione, "mas que não custa tentar". "Não consigo entender como podemos celebrar os dias santos - Ramadã e Natal - e, ao mesmo tempo, em nossas próprias consciências, não conseguimos ter a capacidade de dizer que fizemos tudo para evitar um derramamento de sangue", afirmou Sharpton a jornalistas, do lado de fora da missão iraquiana em Manhattan. "Talvez isso não resulte em nada, mas talvez isso leve a alguma coisa". O reverendo não especificou que tipo de esforço os clérigos poderiam fazer para evitar uma guerra. Al-Douri, por sua vez, louvou o desejo de Sharpton. "Foi uma mensagem de paz emitida por eles (os americanos), e eu respondo que o povo iraquiano gostaria de viver em paz, de evitar a guerra, e que nós vamos cooperar. Faremos o que for possível para atingirmos este nobre objetivo", disse o embaixador. O Iraque tem até quinta-feira para aceitar ou rejeitar uma resolução aprovada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU, na semana passada. A resolução exige que o presidente Saddam Hussein coopere totalmente com os inspetores de armas da ONU e ameaça com "sérias conseqüências" caso ele não acate o texto do CS e desmantele seu suposto arsenal de armas de destruição em massa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.