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EUA dizem que há meses europeus vêm conversando com Maduro

No entanto, disse, não viu até agora vontade da parte do venezuelano de realizar eleições livres no país

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Por Redação
Atualização:

SAN JOSÉ - O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse nesta terça-feira, 21, durante visita a Costa Rica, que têm ocorrido 'numerosas conversas' com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. No entanto, disse, não viu até agora vontade da parte do venezuelano de realizar eleições livres no país. 

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Depois de o secretário dar a entender de que se tratavam de conversações com o governo americano, um funcionário do Departamento de Estado esclareceu que Pompeo se referia a um diálogo entre países europeus e Maduro, não com os EUA. 

Pompeo deu a declaração ao comentar a fala de Maduro publicada no jornal The Washington Post na qual ele pediu por "respeito e diálogo" para resolver suas diferenças com os EUA.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, e o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado (D) Foto: Jeffrey Arguedas/EFE

Falando junto ao presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, Pompeo insistiu que até agora não há nenhuma evidência de que Maduro esteja remotamente interessado em celebrar eleições livres e justas. "Ele (Maduro) sabe que perderia", disse. 

A situação na Venezuela e na Nicarágua ocupou grande parte das conversações entre Alvarado e Pompeo, que chegou à Costa Rica na segunda parada de seu giro pela América Latina e Caribe, iniciado pela Colômbia, na segunda-feira,  onde se encontrou com o líder opositor venezuelano, Juan Guaidó. Ele deve visitar a Jamaica ainda hoje. 

"Não queremos que Maduro seja um tirano. Ele já destruiu sua economia, já criou uma das maiores crises humanitárias da história da América Central e do Sul", afirmou o secretário de Estado americano.

O secretário de Estado também instou ao presidente Daniel Ortega, na Nicarágua, a cessar a repressão e restaurar as liberdades civis no país, abalado há meses pela violência em meio aos protestos contra o governo.

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Guaidó viaja a Londres

Depois de viajar para a Colômbia, desafiando a proibição de deixar a Venezuela, Guaidó reuniu-se nesta terça-feira em Londres com o premiê britânico, Boris Johnson, e o chanceler Dominic Raab. Durante o encontro, Johnson prometeu trabalhar para que “se prestem contas” pela crise humana e a “ameaça à democracia”  na Venezuela. Raab disse estar “horrorizado e preocupado com o que está acontecendo na Venezuela, com a crise humana e as violações dos direitos humanos”. . / AFP 

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