PUBLICIDADE

População alemã atinge recorde de 82,8 milhões graças a imigrantes

As mortes vêm ultrapassando os nascimentos na Alemanha desde 1972, com uma diferença que chega a mais de 5 milhões

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BERLIM - A população da Alemanha aumentou em cerca de 600 mil pessoas no ano passado e atingiu o recorde de 82,8 milhões de pessoas devido aos imigrantes que chegaram ao país, informou o Escritório Federal de Estatísticas nesta sexta-feira, 27.

Moradores passeiam por Munique Foto: REUTERS/Michaela Rehle

PUBLICIDADE

Em uma estimativa preliminar para 2016, o organismo disse que a população superou o recorde anterior de 82,5 milhões registrado no fim de 2002, embora tenha havido entre 150 mil e 190 mil mais mortes do que nascimentos em 2016.

As mortes vêm ultrapassando os nascimentos na Alemanha desde 1972, com uma diferença que chega a mais de 5 milhões.

Mas, contrariando essa tendência, mais de 1 milhão de pessoas em fuga de guerras e da pobreza no Oriente Médio, na África e além rumou para o solo alemão em 2015 e 2016, atraídas pela economia robusta, as leis de asilo relativamente liberais e sistemas de benefícios generosos.

Desde o auge da crise de dívida da zona do euro, a Alemanha também está atraindo muitos imigrantes de outras nações europeias, como Grécia e Espanha.

Os números usados para calcular a imigração líquida se basearam na quantidade de pessoas que se inscreveram em escritórios de registro. Inicialmente, os postulantes a asilo são abrigados em centros de recepção e normalmente só são registrados mais tarde.

O crescimento econômico constante desde 2010 e as políticas de incentivo às famílias de governos sucessivos nos últimos anos ajudaram a elevar a taxa de natalidade, mas ela ainda se encontra abaixo da taxa de mortalidade.

Publicidade

O apoio do governo alemão a refugiados aumentou em anos recentes. Para 2016 e 2017, o governo separou€ 28,7 bilhões em fundos para acomodar e integrar os mais de um milhão de postulantes a asilo que ingressaram no país. / REUTERS 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.