PUBLICIDADE

População da capital hondurenha sai às ruas depois de dois dias

Madrugada de terça para quarta-feira foi marcada por saques e violência em Tegucigalpa.

Por Rodrigo Durão Coelho
Atualização:

A população da capital hondurenha, Tegucigalpa, pôde fazer compras pela primeira vez desde o final de semana na manhã desta quarta-feira, depois de o toque de recolher ter sido suspenso entre 10h e 17h (horário local, 13h e 20h, hora de Brasília). As antes desertas ruas de Tegucigalpa foram rapidamente tomadas por pessoas buscando se reabastecer com víveres e remédios. "As 10h corri para cá (shopping center), mas todas as lojas estavam fechadas. Só abriram depois da 11h, quando os funcionários conseguiram chegar. À essa altura, as filas estavam imensas", diz Juan, de aparentemente 50 anos. Como boa parte da população hondurenha, ele se viu surpreendido pelo toque de recolher imposto pelo governo na manhã de segunda-feira. Violência A madrugada de terça-feira para quarta-feira foi marcada por saques e violência na capital hondurenha. Bancos, supermercados e lojas foram saqueados e prisões foram efetuadas. Leia mais na BBC Brasil: Conflitos em Honduras deixaram pelo menos um morto O governo interino afirmou nesta quarta-feira que o país já perdeu centenas de milhares de dólares com a crise política. O governo endureceu seus controles alfandegários e mantém os aeroportos do país fechados. O presidente deposto Manuel Zelaya ainda está refugiado na embaixada brasileira, que se encontra isolada, cercada por centenas de membros da tropa de choque, soldados e policiais encapuzados que estariam no local para efetuar uma eventual prisão do presidente eleito. Um representante de uma organização de direitos humanos disse que conseguiu enviar alimentos para dentro da embaixada, que estava com poucos suprimentos e teve inclusive sua energia cortada temporariamente na terça-feira. Manifestantes pró-Zelaya se concentram a cerca de quatro quarteirões da embaixada e planejam marchar até o local. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.