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Por 15 segundos, dois aviões não colidem no ar

Por Agencia Estado
Atualização:

Um avião suíço voando de Nova York ficou a 15 segundos de colidir com um avião holandês, sobre o norte da França. ?Graças à reposta imediata das duas tripulações e aos sistemas de alarme de bordo, o incidente não teve conseqüências?, diz uma nota da Swiss International Air Lines, hoje. Jean-Claude Donzel, porta-voz da companhia, conhecida apenas como Swiss, disse que os dois aviões estavam sob controle da torre de Reims, na França, quando o incidente aconteceu, às 7h45 (3h45) de ontem. O avião suíço, vôo LX17, estava indo para Zurique com 137 passageiros e 11 tripulantes a bordo. O holandês, da KLM, vôo KL1924, levava 75 passageiros e cinco tripulantes, de Genebra para Amsterdã, segundo o porta-voz da empresa, Hugo Baas. ?O piloto automático indicou a necessidade de uma intervenção, ao mesmo tempo, o piloto da KLM viu o avião da Swiss e deu uma forte torção à esquerda e evitou a colisão. Eles estavam a cerca de 300 metros um dos outro?, disse Baas. Uma porta-voz da autoridade francesa da aviação civil, o DGAC, disse que os dois aviões ficaram de 15 a 35 segundos de colidirem. E anunciou que o Escritório de Investigação de Acidentes está investigando se houve erro humano ou falha técnica no incidente. Ela negou que o problema pudesse estar ligado à greve dos controladores de tráfego aéreo de Paris, parados há três dias. Segundo ela, durante a paralisação, que terminou hoje, o número de vôos foi adaptado ao número de controladores em serviço. Em 2002, houve 50 desses quase acidentes no espaço aéreo francês, mas os sistemas anti-colisão dos aviões evitou os desastres, disse a porta-voz. Quando aviões chegam muito próximos um do outro, o sistema diz aos pilotos o que fazer. Instruções contraditórias entre o sistema anti-colizão e um controlador de tráfego aéreo foram responsabilizados pelo choque entre um avião de passageiros russo e um avião de carga, sobre o sul da Alemanha, que matou 71 pessoas ? a maioria crianças. Investigadores descobriram que o sistema mandou o piloto russo subir, mas ele seguiu as instruções do controlador para descer, colocando-se em rota de colisão com o DHL, que estava descendo em obediência ao seu próprio sistema anti-colisão.

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