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Por nota, Dilma responde e agradece carta de parlamentar iraniana

Presidente 'reitera a disposição de continuar a conferir aos Direitos Humanos lugar na política externa'

Atualização:

BRASÍLIA - Depois de tomar conhecimento do texto traduzido, a presidente Dilma Rousseff agradeceu, por meio de nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência, a carta enviada pela Presidenta do Comitê de Direitos Humanos da Assembleia Consultiva do Irã, deputada Zohreh Elahian.

 

 

Dilma agradece os cumprimentos que recebeu da parlamentar por sua eleição à Presidência do Brasil e o interesse em contribuir "para um diálogo construtivo entre os dois países sobre temas bilaterais e multilaterais". "A Presidenta Dilma Rousseff reitera a disposição de continuar conferindo à questão dos Direitos Humanos um lugar central em nossa política externa, sem seletividade e tratamento discriminatório", acrescenta a nota.

 

O entendimento do governo brasileiro, porém, segundo fontes da Presidência, é de que não há novidade na carta sobre o destino da viúva Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, condenada à morte por infidelidade e cumplicidade no assassinato do marido. Segundo agência de notícia estatal iraniana, na carta enviada ao Brasil, a parlamentar dizia que Sakineh não seria mais executada. Mas o governo brasileiro não entendeu dessa forma.

 

Sakineh Ashtiani foi condenada, em 2006, à morte por apedrejamento sob a acusação de adultério e assassinato de seu marido no ano anterior. Em razão da reação internacional a respeito da sentença, a execução foi suspensa e está em revisão no Tribunal Superior. Ela também foi condenada por auxílio no assassinato de seu marido e pode ser executada por enforcamento.

 

O caso da iraniana ganhou atenção da mídia internacional em meados de julho de 2010. O então presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, ofereceu asilo à iraniana. Teerã, porém, recusou a oferta, dizendo que Lula não estava inteirado do assunto.

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