Partidários de Cristina fazem vigília em hospital. Foto: Martín Quintana / Efe
(Atualizada às 13h35) BUENOS AIRES - O porta-voz da Casa Rosada, Alfredo Scoccimarro, anunciou nesta terça-feira, 8, que a presidente Cristina Kirchner recupera-se "bem" da operação à qual foi submetida pela manhã no Hospital Fundação Favaloro, no centro da capital argentina. Sorrindo, Scoccimarro afirmou que Cristina "já está em seu quarto" e que "manda cumprimentos a todos".
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O porta-voz não deu detalhes técnicos, mas resumiu que a cirurgia teve um resultado "satisfatório". No relatório médico distribuído, a equipe médica indicou que a cirurgia transcorreu com a "evacuação do hematoma sem complicações".
Enquanto Scoccimarro afirma que a presidente está repousando em seu quarto, a equipe de médicos afirma que Cristina permanece na UTI.
Durante toda a manhã, o governo manteve profundo silêncio, sem sequer informar a hora do início da operação. Após horas de espera, sem informações oficiais sobre o andamento da cirurgia da presidente Cristina Kirchner, o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, declarou que "a intervenção cirúrgica terminou...está tudo bem". Scioli, um aliado do governo Kirchner, afirmou que a presidente estava "recuperando-se da anestesia."
Segundo Scioli, Cristina "se Deus quiser, estará em breve entre nós, dedicando-se a seu projeto político, que é sua paixão". Cristina foi operada para a drenagem em um hematoma que possui desde agosto nas membranas do cérebro.
Do lado de fora do hospital acumula-se uma centena de jornalistas. Ao contrário de janeiro do ano passado, quando Cristina foi operada no Hospital Austral da cidade de Pilar por um tumor cancerígeno (cuja existência, dias depois, o governo teve que negar), a militância kirchnerista é escassa. Na calçada da Fundação Favaloro apenas aglomeravam-se poucas dezenas de simpatizantes da presidente.
Enquanto persiste o hermetismo por parte da Casa Rosada, continuam as críticas ao vice-presidente Amado Boudou, que acumula seis processos na Justiça por irregularidades. O empresariado argentino, crítico em relação a Cristina, é ainda mais ácido quanto ao vice-presidente..
Analistas de opinião estimam que a doença da presidente, ao contrário da época em que ficou viúva, não teria um efeito de grande empatia na população.Embora a internação da presidente crie um clima de solidariedade, isso não teria peso para alterar o resultado das eleições parlamentares do dia 27, na opinião desses especialistas.