SAN JUAN - Porto Rico se prepara para a chegada da tempestade tropical Dorian, que deve atingir a ilha na quarta-feira, 28. A ilha, um território associado aos Estados Unidos, ainda se recupera do efeito devastador do furacão Maria, que deixou um rastro de mortes e destruição em 2017. Pelo Twitter, o presidente Donald Trump lamentou a chegada de outra tempestade ao território de 3,2 milhões de habitantes.
“A nossa maior preocupação é a chuva”, disse o meteorologista Matthew Brewer, do Serviço Climático Nacional em San Juan. “Estamos esperando até 152 milímetros de chuva e em virtude da topografia da ilha podem haver enchentes e deslizamentos.” Para termos de comparação, a média histórica de chuva para todo o mês de janeiro em São Paulo,o mais úmido do ano, é de 288 milímetros.
Ventos fortes devem atingir Porto Rico ao longo do dia, mas a força da tempestade deve ser apenas 20% da que foi registrada na passagem do furacão Maria, um ciclone de categoria 4.
Com uma nova ameaça ao território, Trump reclamou da chegada de “outra tempestade” a Porto Rico. “Quando isso vai parar”, questionou o presidente.
Depois da passagem do Maria, o presidente entrou em conflito com o governo do território, depois de ter sido acusado de negligência. O presidente chegou a dizer, depois de assinar uma lei com recursos para a ilha, que ele “foi a melhor coisa que acontecer para Porto Rico”.
Na noite de terça-feira, 27, a tempestade estava ainda a 528 km da ilha, com ventos de 80 km/h.
A infraestrutura de Porto Rico ainda enfrenta problemas provocados pela passagem do Maria, em especial o sistema elétrico. Com a tempestade Dorian, o temor é que novos cortes de luz possam ocorrer.Cerca de 30 mil casas ainda estão em risco.
Na segunda-feira, a governadora Wanda Vázquez declarou estado de emergência. Ela substituiu o antigo governador, Ricardo Rosselló em julho, depois de uma série de denúncias envolvendo o vazamento de mensagens de celular comprometedoras. / WPOST.