Portugueses devem eleger centro-direita nas eleições de domingo

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Por Agencia Estado
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Alarmados pelos sinais de que Portugal teria dificuldades em manter-se no mesmo nível dos demais parceiros da União Européia (UE), os eleitores portugueses deverão apoiar nas eleições gerais antecipadas de domingo as reformas propostas pelo oposicionista Partido Social-Democrata (PSD), liderado por José Manuel Durao Barroso. O pleito foi convocado pelo presidente Jorge Sampaio em 28 de dezembro, depois da renúncia do primeiro-ministro Antonio Guterres, cujo Partido Socialista (PS) sofreu humilhante derrota nas eleições municipais naquele mesmo mês. "Entendi o recado do eleitorado", reagiu, na época, Guterres que, segundo analistas, "perdeu a confiança dos eleitores por tentar contentar a todos agindo ora como um Blair (primeiro-ministro trabalhista britânico), ora como um Jospin (primeiro-ministro socialista francês)". Portugal enfrenta séria crise econômica e depara-se diante de um caótico serviço publico. E há ainda o perigo de o país, apesar de ter recebido alguns bilhões de dólares em ajuda econômica dos parceiros europeus, pode sofrer conseqüências graves com a expansão da UE, que admitirá mais 12 países como sócios. "Estamos no fim de um ciclo político", resumiu Nicolau Santos, editor de política do semanário Expresso. "Há uma clara tendência para o centro-direita, não apenas em Portugal, mas por toda a Europa." Recentes pesquisas de opinião deram uma vantagem para o PDS sobre o PS entre 5 e 10 pontos porcentuais.

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