Posição da Europa sobre assentamentos é um grande equívoco

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Por ANÁLISE: Yair Lapid , NYT , É MINISTRO DAS FINANÇAS DE ISRAEL , ANÁLISE: Yair Lapid , NYT e É MINISTRO DAS FINANÇAS DE ISRAEL
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O que provocou mais calamidades na história: intenções destrutivas de pessoas más ou erros cometidos por pessoas de bem? Aposto na última hipótese. A pergunta veio quando li as novas diretivas da União Europeia que proíbem o financiamento de instituições em assentamentos judeus - regras que entrarão em vigor em janeiro. A medida é simbólica, um reforço de regras já existentes que não afeta o comércio ou o setor privado. O gesto, porém, pode repercutir entre os defensores europeus da paz, mas provocará mais um adiamento das negociações. Por quê? À medida que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tenta relançar as conversações, um dos obstáculos é o extremismo de Hamas, Hezbollah, Al-Qaeda e de militantes apoiados pelo Irã. Todos exigem o mesmo de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina: procrastinar. A premissa é simples: à medida que os anos passam, o isolamento de Israel aumenta e a campanha para minar a legitimidade do Estado judeu ganha força. A única coisa que pode refreá-la é a paz. Sempre que Israel adota medidas para criar confiança, porém, os fuzis de Ramallah são engatilhados. Nossos inimigos são poderosos, mas seus argumentos são fracos. A determinação de Kerry e o apoio do premiê Binyamin Netanyahu à solução de dois Estados criaram uma chance única para a paz. Mas ela está em risco por pessoas bem-intencionadas, mas equivocadas, que não compreendem nossa região. Já é um grande desafio insistir na paz num lugar tão problemático. Não precisamos que nossos aliados tornem a situação mais difícil. A UE deveria revogar sua decisão. / TRADUÇÃO TEREZINHA MARTINO

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