Powell defende Obama de críticas 'absurdas' da direita

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Por AE-AP
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O general da Reserva Colin Powell criticou hoje os detratores do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, os quais, segundo ele, realizam críticas "absurdas" à política do mandatário. Elementos "frívolos" da direita norte-americana, segundo Powell - um republicano moderado que apoiou em 2008 a candidatura do democrata Obama -, estão tomando um caminho moral duvidoso quando dizem que o presidente dos EUA é um muçulmano que nasceu no exterior ou levantam outras teorias sobre a origem do caráter de Obama. O presidente nasceu nos EUA e é cristão.Powell, que foi secretário de Estado no governo do antecessor de Obama, George W. Bush, disse que ainda vê Obama como uma figura política transformadora. O ex-general elogiou as políticas do atual presidente para a saúde e a educação, dizendo que ele pode ter tido que lidar com muitos problemas de uma só vez quando assumiu o governo em 2009, embora ainda não tenha conseguido controlar o déficit público. Powell deu as declarações ao programa de televisão "Meet the Press", da emissora NBC.O general também criticou o movimento ultraconservador "tea party", que cresce no Partido Republicano. Segundo ele, o "tea party" não virará um movimento hegemônico no partido até que se mova além dos slogans e promova uma agenda que as pessoas "possam ver, tocar e na qual realmente acreditem". Segundo ele, não basta os defensores do "tea party" reafirmarem muitos objetivos políticos que os norte-americanos apoiam e compartilham, como o controle dos gastos federais e o respeito à Constituição.Powell afirmou que não desistiu do Partido Republicano, apesar da forte guinada à direita do grupo político, e disse que uma possível vitória republicana nas eleições de novembro, nas disputas para o Senado e os governos estaduais, na realidade poderá até ajudar o governo Obama, uma vez que os republicanos terão que se responsabilizar mais pelas políticas e não apenas se oporem aos democratas em todas as questões.

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