Praça Tahrir protesta contra Junta Militar e dissolução do Parlamento

Foram aprovadas emendas à Constituição provisória, vigente desde março de 2011, há dois dias

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Por Efe
Atualização:

CAIRO - Vários grupos egípcios convocaram nesta terça-feira, 19, uma manifestação na Praça Tahrir para protestar contra a dissolução do Parlamento e as emendas introduzidas pela Junta Militar à Constituição interina para reservar-se uma série de prerrogativas.Veja também:

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linkIndefinição sobre resultado de eleição aumenta tensão política entre egípcioslinkPelo menos três pessoas morrem em ataque na fronteira entre Israel e Egitovideo Islâmicos reivindicam vitória no EgitoUm dos convocadores, o Movimento 6 de Abril, que foi um dos instigadores da revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, pediu em comunicado que todos os egípcios "rejeitem a ata constitucional em sua totalidade".Antes do começo da concentração em Tahrir, prevista para as 17h locais (12h de Brasília), este grupo deve realizar um protesto na frente da sede do extinto Partido Nacional Democrático, de Mubarak, que foi incendiado durante a revolução e está perto de Tahrir.A formação da Irmandade Muçulmana, o Partido Liberdade e Justiça, vai participar de "todas as manifestações populares contra o golpe constitucional e a dissolução do Parlamento a partir de terça-feira", anunciou em comunicado o PLJ, apesar de não ter lançado uma convocação formal a seus partidários.Há dois dias, a Junta Militar egípcia aprovou uma série de emendas à Constituição provisória, vigente desde março de 2011, para blindar suas prerrogativas perante a iminente transferência do poder a um presidente eleito nas urnas, após as eleições do fim de semana.Segundo essas remodelações, o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) conservará a autonomia nas decisões que afetem o Exército, além do poder legislativo que retomou após a dissolução do Parlamento na quinta-feira passada.Ainda não há um vencedor claro no pleito, faltando que se divulguem os resultados oficiais, já que ambos candidatos, o islamita Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, e o general aposentado Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro de Mubarak, já declararam vitória.

 

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