Pré-candidato em MG também teve cidadania italiana anulada

Romeu Zema Neto, do Partido Novo, é um dos mais de mil brasileiros envolvidos em irregularidades

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Por Redação
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O pré-candidato do Partido Novo ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema Neto, de 53 anos está entre os 1.118 brasileiros que tiveram cidadania italiana cancelada pela prefeitura de Ospedaletto Lodigiano, no norte da Itália. A suspeita é de fraude na concessão de documentos. 

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O pré-candidato do Partido Novo ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema Neto, de 53 anos está entre os 1.118 brasileiros que tiveram cidadania italiana cancelada pela prefeitura de Ospedaletto Lodigiano, no norte da Itália. Foto: Neto Talmeli/PMU

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No dia 9, o município cancelou a dupla cidadania dos brasileiros por não cumprirem a lei que concede cidadania a estrangeiros. Os brasileiros teriam conseguido a cidadania com base em atestados falsos de residência na cidade. Segundo a investigação, os interessados na cidadania pagavam entre € 3 mil e € 5 mil para um casal de brasileiros donos de uma agência chamada Monza.

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A dupla subornava o comissário de polícia e um funcionário da Prefeitura para obter o atestado falso. Os quatro estão presos. Em nota divulgada na terça, dia27, o pré-candidato do Novo afirma possuir “direito à cidadania italiana pelo critério sanguíneo”. “Para obtê-la, contratei escritório de advocacia especializado em tais questões de requisição de cidadania italiana (...). Sou vítima no caso em questão, já que tive meu procedimento de requisição de cidadania cancelado.”

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O advogado paulistano Henry Atique também teve sua cidadania italiana cancelada. “Descobrimos que a advogada que nós contratamos, aparentemente, possuía um esquema de pagar propinas para autoridades públicas na localidade em questão, o que desconhecíamos até então. Assim, acabamos sendo vítimas desta situação”, afirmou Atique ao Estado. “Não fizemos nenhum tipo de manobra ilícita.”

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Um comerciante do interior de São Paulo, que pediu para não ter o nome divulgado, também se diz vítima. “Nós pagamos caro por esse serviço e desconhecíamos a possibilidade de que envolvesse o pagamento de propina. Se (o intermediário) fez coisa errada, foi sem o nosso consentimento”. / COLABOROU MURILLO FERRARI

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