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Preço de alimentos controlados na Venezuela sobe 38% em 1 ano

Governo acusa oposição de usar politicamente a falta de alimentos no país e diz que preço da carne deve ser normalizado

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O Instituto Nacional de Estatísticas da Venezuela (INE) divulgou nesta terça-feira, 25, um estudo sobre a alta do preço dos alimentos no país. No último ano, a inflação da cesta básica venezuelana - que leva em conta os produtos com preço controlado pelo governo - foi de 38%.

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Segundo o INE, o trabalhador venezuelano precisa dispor de 1130,02 bolívares (US$ 179, no câmbio oficial) para comprá-la. Quando são levados em conta também os produtos cujos preços não são controlados, esse valor sobe para 2.620,62 bolívares (US$ 416), uma alta de 50,68%. Há produtos que subiram quase o triplo do valor em um ano, como é o caso do ovo, que ficou 276% mais caro.

O estudo mostra ainda que neste ano estreitou-se a diferença entre a inflação dos produtos de preço controlado e os de variação livre. Enquanto a cesta básica remarcada pelo governo subiu 23,5%, a regulada pelo mercado cresceu 27,3%.

Para economistas críticos ao chavismo, essa estatística demonstra que os mecanismos de controle e congelamento de preços do governo do presidente Nicolás Maduro tem falhado.

Além da alta dos alimentos, o desabastecimento também tem preocupado os venezuelanos. Em muitos supermercados faltam óleo, farinha de milho e papel higiênico. O governo, que agiu para minimizar o pico da falta de produtos no mês passado, responsabilizou a oposição pela crise.

"O desabastecimento tem um componente eleitoral. A alta burguesia o utilizada como meio de chantagem", criticou o presidente do Instituto de Defesa Popular para o Acesso a Bens e Serviços (Indepabis). "Toda a carne que é importada no país tem uma licença de importação e os dólares são fornecidos pelo governo. Em cerca de um mês os açougues estarão respeitando o preço de tabela."

Apesar da alta dos preço, a taxa de desemprego no país continua estável. De acordo com boletim divulgado pelo INE, o desemprego em maio no país ficou em 7,8% em maio, uma taxa ligeiramente menor do que os 7,9% registrados em abril. / EFE

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