
05 de abril de 2013 | 09h32
Equipes de resgate usando guindastes e escavadeiras procuravam por sobreviventes nos destroços de aço e concreto nesta sexta-feira, depois que o edifício de sete andares desabou na noite de quinta. Moradores disseram que trabalhadores que pagavam aluguel de cerca de 5 dólares por dia viviam no local.
A escassez de moradias baratas na terceira maior economia da Ásia levou a um aumento das construções ilegais por empreiteiras que usam materiais de má qualidade e métodos precários, a fim de oferecer baixíssimos aluguéis a trabalhadores com baixos salários.
"O prédio ruiu como um castelo de cartas em três ou quatro segundos", disse Ramlal, um residente local. "Apenas inclinou um pouco e caiu", disse ele.
O edifício, que estava em uma área de floresta na cidade de Thane, tinha sido feito com materiais ruins e sem as devidas aprovações, disse Sandeep Malvi, um porta-voz da Autoridade de Licenciamento da Corporação Municipal de Thane.
Ele disse que 39 pessoas morreram e 69 ficaram feridas. A mídia indiana citou relatos de autoridades dando um número maior de mortes.
Equipes de resgate retiraram uma criança com vida dos escombros, utilizando britadeiras e outros equipamentos para cortar metal e concreto na busca por sobreviventes.
A polícia disse estar procurando os construtores, que seriam acusados de homicídio culposo pelo desastre.
"Construções não autorizadas são uma consequência da indisponibilidade de habitação a preços acessíveis", disse Lalit Kumar Jain, presidente da Confederação de Desenvolvedores de Imóveis da Índia.
(Por Aditi Shan)
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