Prefeita é assassinada no violento Estado mexicano de Veracruz

Nos últimos anos, Veracruz tem sido palco de crescente violência por causa das disputas entre células dos cartéis Jalisco Nueva Generación e Los Zetas

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Por Redação
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COATZACOALCOS, MÉXICO - Autoridades estaduais encontraram nesta quarta-feira, 11, o corpo de Florisel Ríos, prefeita do município mexicano de Jamapa, no violento Estado de Veracruz (leste). Segundo o governador do Estado, Cuitláhuac García, ela foi sequestrada e assassinada supostamente por um grupo criminoso.

"Recebemos a notícia lamentável, confirmada, do homicídio da prefeita do município de Jamapa", disse García em um vídeo divulgado em suas redes sociais.

De acordo com relatos da secretaria de Segurança estatal, Florisel Ríos foi sequestrada e morta por um criminoso que, em seguida, abandonou o corpo na comunidade de Ixcoalco, no município de Medellín de Bravo. 

Peritos trabalham no local onde o corpo da prefeita Florisel Ríos foi encontrado, no Estado de Veracruz Foto: Victoria Razo/AFP

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O órgão informou em comunicado que “ordenou ações operacionais no município de Jamapa e arredores” para investigar o crime. O cadáver da prefeita foi encontrado em um local da zona costeira do Golfo do México que a polícia agora monitora por ar e terra, acrescentou a secretaria.

Ríos tornou-se prefeita de Jamapa em 2018 como candidata de uma aliança entre o conservador Partido da Ação Nacional (PAN) e o Partido da Revolução Democrática (PRD), de esquerda. Seu mandato terminaria em 2021.

García lembrou que em 2019 outra prefeita de oposição, Maricela Vallejo, do município de Mixtla de Altamirano, foi assassinada com o marido na área central de Veracruz. “Vamos encontrar os responsáveis”, garantiu o governador.

Nos últimos anos, Veracruz tem sido palco de crescente violência em razão das disputas entre células dos cartéis Jalisco Nueva Generación e Los Zetas. O Estado também tem sido atormentado por sequestros e desaparecimentos nos quais a polícia esteve frequentemente envolvida no passado. 

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Desde dezembro de 2006, quando o governo da época lançou uma operação militar antidrogas, até agosto passado, foram registrados mais de 296 mil assassinatos no México, segundo dados oficiais.

As autoridades não esclarecem quantas dessas mortes estão ligadas ao combate a quadrilhas de criminosos. 

De acordo com a agência Associated Press, o PRD afirmou em um comunicado que Ríos e outros prefeitos reclamaram de assédio e perseguição por parte do governo estadual. O governador García pertence ao partido Morena (Movimento Regeneração Nacional), do presidente Andrés Manuel López Obrador./AFP e AP

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