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Prefeito de Teerã deixa corrida presidencial em favor de clérigo conservador

Qalibaf considerou que era necessário tomar 'uma decisão drástica e transcendental' para conseguir a 'união' frente à candidatura do atual presidente, o moderado Hassan Rohani

Atualização:

TEERÃ - O prefeito de Teerã, Mohamed Baqer Qalibaf, anunciou nesta segunda-feira, 15, que está deixando a corrida eleitoral para as eleições presidenciais do Irã da próxima sexta-feira e ofereceu seu apoio a outro candidato conservador, o clérigo Ebrahim Raisi.

O prefeito de Teerã, Mohamed Baqer Qalibaf, desistiu da corrida presidencial Foto: Tasnim News Agency/Via Reuters

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"Peço a todos os meus simpatizantes no país que deem todo o seu apoio ao sucesso de nosso grande irmão Hojatoleslam Seyyed Ebrahim Raisi", disse em uma carta publicada nas redes sociais e veiculada pela imprensa oficial.

Qalibaf, de 55 anos, que foi candidato à presidência também em 2005 e 2013, explicou que o objetivo de sua desistência é para que "o 'Governo de Trabalho e Dignidade' dê frutos", em alusão ao slogan de campanha de Raisi.

O prefeito de Teerã considerou que era necessário tomar "uma decisão drástica e transcendental" para conseguir a "união" frente à candidatura do atual presidente, o moderado Hassan Rohani.

"O que nesta situação é importante e vital é defender os interesses do povo, do país e da Revolução (Islâmica), já que este grande desejo não se realiza sem uma mudança da situação existente", enfatizou Qalibaf.

Com a saída do prefeito da capital da campanha eleitoral, Raisi se transforma agora no principal rival nas urnas de Rohani.

Este clérigo conservador, próximo do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, tem uma longa carreira no judiciário e é, na atualidade, administrador da fundação Astan Quds Razavi, do mausoléu do imã Reza na cidade de Mashad.

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Vários analistas consultados pela agência EFE durante a campanha já haviam indicado que o mais provável era que ou Raisi ou Qalibaf se retirassem para unificar o voto dos conservadores, também chamados de "principalistas".

Espera-se que o primeiro vice-presidente, Eshaq Jahangiri, anuncie também sua retirada, neste caso em favor de Rohani.

Os outros dois candidatos, de perfil mais baixo, são o ex-ministro da Cultura conservador Mostafa Mirsalim e o ex-ministro da Indústria reformista Mostafa Hashemitaba.

Em um movimento um tanto ambíguo, Hashemitaba anunciou hoje seu apoio a Rohani porque deseja que a atual administração continue, mas, ao mesmo tempo, descartou a possibilidade de sair da corrida presidencial. / EFE

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