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Prefeitura de Nova York pinta o slogan ‘Black Lives Matter’ em frente à Trump Tower

Bill de Blasio e Al Sharpton participaram da ação; frase já foi gravada nas ruas de diversas cidades do país

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Por Redação
Atualização:

A cidade de Nova York pintou o slogan ‘Black Lives Matter’ em letras gigantes nesta quinta-feira, 9, em frente à Trump Tower, na icônica Quinta Avenida, replicando grafites que se espalharam por outras cidades americanas em apoio ao movimento antirracista.

O presidente dos Estados Unidos e dono do imóvel, Donald Trump, não fez comentários sobre a ação. A Trump Tower é sede do seu grupo imobiliário e também é usada como residência pessoal nas raras vezes em que Trump visita a cidade, reduto democrata.

O reverendo Al Sharpton, o prefeito de Nova York Bill de Blasio e sua mulher, a escritora e ativista Chrilane McCray, pintam painel com slogan 'Black Lives Matter' na Quinta Avenida Foto: Angela Weiss/AFP

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No mês passado, quando o plano do prefeito Bill de Blasio foi divulgado, Trump acusou os democratas de "denegrir" a avenida luxuosa "com um símbolo de ódio". O prefeito respondeu que queria que o presidente visse "três palavras pelas quais ele não tem respeito".

Uma dúzia de voluntários de diferentes organizações pintou o slogan sob o olhar atento de alguns policiais e muitos jornalistas e, no final, o prefeito e o reverendo Al Sharpton, liderança dos direitos civis, deram algumas pinceladas.

"Quando dizemos 'Black Lives Matter', não há declaração mais americana, não há declaração mais patriótica, já que não há Estados Unidos sem afro-americanos", disse De Blasio. "Estamos reconhecendo a verdade sobre nós mesmos, como americanos, dizendo Black Lives Matter. Estamos corrigindo um erro”.

Além de De Blasio e Al Sharpton, participaram da ação Eric Adams, presidente do bairro do Brooklyn, e jovens ativistas da organização Street Corner Resources, que faz mediação de conflitos e aconselhou o prefeito em suas reformas policiais para combater o racismo, incluindo a revogação de uma lei de "imunidade" para agentes e a redução de orçamento destinado às forças de segurança.

"Uma pintura é um símbolo legal, mas não lida com o racismo sistêmico de nenhuma maneira. Por mais legal que seja, é importante focar nisso", disse Francie Brewster, uma jovem de 17 anos que participou dos recentes protestos contra o racismo e testemunhou o grafite.

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Mural foi pintado na frente da Trump Tower, em Manhattan, Nova York Foto: Mike Segar/Reuters

Murais semelhantes em apoio ao movimento BLM, que lidera a luta contra o racismo e a brutalidade policial contra cidadãos negros, surgiram em várias cidades.

No início de junho, a prefeita de Washington, Muriel Boswer, batizou uma área da 16th Street, nas proximidades da Casa Branca, como "Plaza Black Lives Matter", e revelou para a ocasião um grande mural amarelo pintado na calçada.

Os protestos foram desencadeados pela morte de um homem negro, George Floyd, nas mãos de um policial branco em Minneapolis em 25 de maio.

Trump viveu em um triplex da Trump Tower, um arranha-céu de luxo na Quinta Avenida e na 57th Street, antes de se mudar para a Casa Branca em janeiro de 2017. 

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