Prefeitura muda nome de rua em frente à Casa Branca para Black Lives Matter

Ação foi sinal de apoio aos protestos contra o racismo e a violência policial desencadeados pelo homicídio de George Floyd

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Por Redação
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WASHINGTON - A prefeitura de Washington mudou nesta sexta-feira, 5, o nome da rua 16th Street, em frente à Casa Branca, para Black Lives Matter ("Vidas Negras Importam"), nome que também foi pintado de amarelo em uma das vias mais importantes dos Estados Unidos, como um sinal de apoio aos protestos contra abusos policiais contra a comunidade negra americana.

"Queremos chamar hoje a atenção para garantir que nossa nação seja mais igual e justa e que vidas negras e humanidade negra sejam importantes em nossa nação", disse a prefeita Muriel Bowser, durante inauguração do novo nome para esse trecho da rua.

Lema também foi pintado na rua 16th street Foto: Joshua Roberts/Reuters

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Foi precisamente nesta via que, na última segunda-feira, as forças de segurança jogaram spray de pimenta e dispersaram violentamente centenas de manifestantes que protestavam de forma pacífica em frente à Casa Branca. O objetivo dos agentes era abrir caminho para o presidente Donald Trump caminhar e posar com uma Bíblia na mão, diante dos fotógrafos, em frente à Igreja de St. Johns, vandalizada na noite anterior.

Os trabalhos para pintar o gigantesco mural amarelo, que ocupa dois quarteirões em frente à praça Laffayete, foram realizados nesta manhã sem aviso prévio, bem como a mudança da placa de rua.

O gesto não agradou a todos. A associação "Black Lives Matter DC" acusou a prefeita democrata, que é negra, de fazer isso como "uma distração das reais mudanças políticas" que eles exigem.

"Esta é uma distração teatral das mudanças políticas reais. Bowser esteve repetidamente no lado errado da 'Black Lives Matter DC'. Isso é para apaziguar os liberais brancos enquanto ignora nossas demandas. 'Black Lives Matter' significa não financiar a polícia", disse a entidade no Twitter.

As principais cidades dos Estados Unidos foram palco de grandes protestos pela morte de George Floyd, um negro de 46 anos, no dia 25 de maio, durante abordagem policial. / EFE

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