19 de dezembro de 2010 | 12h40
"O Paquistão estava na frente da luta internacional contra o terrorismo e fez grandes sacrifícios e importantes contribuições, que foram óbvios para todos", afirmou o premiê chinês. "A comunidade internacional deve reconhecer isso e dar grande apoio, bem como respeito, ao ritmo de desenvolvimento escolhido pelo Paquistão." Wen acrescentou que o combate ao terrorismo não deve ser focado em religiões específicas ou grupo étnicos, e sim na erradicação "dos fatores que alimentam o terrorismo".
As áreas tribais do Paquistão são o lar de milhares de militantes envolvidos ou a favor de ataques contra tropas aliadas no país, nos Estados Unidos e no Afeganistão. A cooperação de Islamabad é tida como vital para combater ações terroristas e estabilizar a situação no Afeganistão.
O exército paquistanês lançou várias ofensivas na remota região noroeste, onde ficam os insurgentes, mas o governo continua sendo criticado no Ocidente por não fazer o bastante para acabar com as ameaças. Boa parte das críticas está centrada na relutância militar em avançar para o Waziristão do Norte, que efetivamente é controlado por uma mistura de Taleban, Al-Qaeda e de grupos afiliados.
A ameaça imposta pelos insurgentes no Paquistão é uma crescente preocupação para os chineses, já que os dois países compartilham uma mesma fronteira. A China também lida com o próprio movimento separatista muçulmano.
O discurso de Wen Jiabao ao parlamento paquistanês foi o primeiro já feito por um líder chinês. A China é o aliado mais próximo do Paquistão na Ásia e concede ajuda e assistência técnica a Islamabad, incluindo tecnologia nuclear. As informações são da Associated Press.
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