26 de agosto de 2010 | 19h17
Pessoas caminham por escombros do terremoto de janeiro em Porto Príncipe
SANTO DOMINGO- Cerca de 700 mil pessoas permanecem nas ruas do Haiti sete meses depois do terremoto que destruiu parte do país em 12 de janeiro, disse nesta quinta-feira, 26, o primeiro-ministro haitiano, Jean Max Bellerive.
O terremoto deixou 300 mil mortos, o mesmo número de feridos e mais de um milhão de desabrigados.
Segundo Bellerive, que esteve hoje na República Dominicana para o lançamento de um fundo de investimento privado para o Haiti, quase 300 mil pessoas foram retiradas das ruas, "um trabalho enorme".
Há 700 mil pessoas às quais é preciso dar "água, comida e tudo diariamente", disse o primeiro-ministro.
"As pessoas pensam que as coisas não caminham", opinou Bellerive, para quem o processo de recuperação caminha de maneira "clara e segura" e a reconstrução do Haiti "segue lenta, mas segura".
Bellerive lembrou que na última reunião da Comissão Interina pela Reconstrução do Haiti (CIRH), que dirige junto com o ex-presidente americano Bill Clinton, foram apresentados projetos de US$ 1,6 bilhão, o que representa o compromisso da comunidade internacional com o Haiti.
Do total apresentado, US$ 904 milhões já foram "localizados" para financiar projetos específicos apresentados pelo governo haitiano, apontou Bellerive.
"Esses projetos foram identificados, temos os orçamentos e sabemos quem vai financiar", declarou.
"Estou convencido de que a promessa de ajudar o Haiti vai ser cumprida ", disse Bellerive.
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