17 de novembro de 2012 | 02h01
Kandil chegou a Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Ele foi recebido por autoridades do Hamas, entre elas o primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, que não era visto em público desde o início da ofensiva israelense, na quarta-feira. Os dois visitaram o hospital onde estão os feridos nos bombardeios aéreos.
"O Egito intensificará seus esforços para atingir uma trégua duradoura entre os grupos armados e o Estado judeu", disse Kandil, que qualificou a operação israelense de "agressão".
Uma autoridade palestina próxima aos mediadores do Egito disse à Reuters que a visita de Kandil era o começo de um processo para explorar a possibilidade de se chegar a uma trégua. "É cedo para falar sobre qualquer detalhe ou sobre como as coisas vão evoluir", afirmou.
Israel se comprometeu com um cessar-fogo durante a visita se o Hamas não o acatasse, mas afirmou que foguetes lançados de Gaza atingiram diferentes localidades no sul do país enquanto Kandil estava no território.
Segundo a agência France Presse, o norte do território palestino foi atacado por caças israelenses durante a visita do premiê egípcio. Em discurso no Cairo, Morsi disse que Israel pagará "um alto preço" se continuar sua agressão a Gaza. "Repito o meu aviso: os agressores nunca terão poder sobre o povo de Gaza", disse Morsi. O Egito não abandonará Gaza. O Egito de hoje é diferente."
EUA. À noite, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, telefonou para o presidente americano, Barack Obama. Segundo a Casa Branca, o líder israelense atualizou o presidente sobre a Operação Pilar de Defesa e agradeceu o investimento americano no sistema de defesa antiaéreo Domo de Ferro. Obama lamentou a morte de civis dos dois lados do conflito. Segundo fontes do governo americano, Obama pressiona líderes turcos e egípcios a moderar as ações do Hamas. / AP e AFP
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