Premiê indiano terá de se explicar à Justiça por escândalo

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Por HENRY FOY
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A Suprema Corte da Índia obrigará o primeiro-ministro Manmohan Singh a prestar explicações sobre um escândalo envolvendo concessões de telefonia celular, que pode ter causado prejuízos de até 31 bilhões de dólares aos cofres públicos. Falando em nome de Singh e do governo, o procurador-geral Gopal Subramanium tem até sábado para responder às perguntas do tribunal sobre o caso, que já levou à demissão do ministro das Telecomunicações, Andimuthu Raja. Ele é acusado de ter vendido as concessões de telefonia a preços abaixo do normal, em 2007/08. Na terça-feira, a Suprema Corte criticou Singh pela demora em decidir se Raja deve ser indiciado e investigado. A oposição diz que Singh não agiu contra Raja para não perder o apoio do DMK, o partido do ex-ministro, que participa do governo em coalizão com o Partido do Congresso. O escândalo não deve derrubar o governo, mas abala a reputação do Partido do Congresso, que em 1989 perdeu uma eleição geral em parte devido a um escândalo de corrupção na venda de armas. A oposição obstruiu os trabalhos do Parlamento nesta semana e exigiu a abertura de uma CPI para investigar as suspeitas na concessão das licenças de telefonia celular. Raja negou que tenha cometido irregularidades.

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