
20 de julho de 2013 | 17h49
"Nós vamos proteger as vidas dos japoneses, assim como nossas terras e mares", disse Abe para uma multidão no distrito de Akihabara, conhecido por suas lojas de produtos eletrônicos e sua subcultura de direita. "Para construir uma nação orgulhosa, vamos rever nossa Constituição", afirmou.
Uma das metas de Abe é alterar a Constituição Pacifista do Japão, que foi imposta pelo Ocidente após a II Guerra Mundial. O primeiro-ministro já sinalizou a intenção de aumentar os gastos no setor de defesa e seu desejo de abolir os limites sobre a capacidade de autodefesa do país. Contudo, de acordo com o artigo 96 da Constituição, Abe necessitaria de dois terços dos votos em cada uma das Casas do Parlamento para cada mudança em textos constitucionais.
A campanha pela Câmara Alta se focou no plano econômico de Abe, que já ajudou a impulsionar os lucros corporativos e o crescimento econômicos nos seus sete meses de governo. "Pode parecer que as políticas econômicas do primeiro-ministro Shinzo Abe estão indo bem, mas isso é altamente precário", afirma Banri Kaieda, líder da maior força de oposição, o Partido Democrático.
Segundo ele, as políticas de Abe podem provocar um forte aumentos nos juros dos bônus, levando o Japão - que já tem uma das maiores relações dívida/PIB do mundo - para uma crise semelhante à que aconteceu na Europa. Fonte: Dow Jones Newswires.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.