Premiê japonês visitará Sudeste Asiático para fortalecer laços econômicos

PUBLICIDADE

Por ANTONI SLODKOWSKI
Atualização:

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, fará este mês a primeira viagem ao exterior desde que assumiu o governo para visitar Indonésia, Vietnã e Tailândia, com o objetivo de fortalecer os laços com as economias em desenvolvimento da Ásia, à medida que as relações com a China continuam tensas. Abe esperava ir aos Estados Unidos primeiro, a fim de fortalecer a aliança do Japão com Washington, mas sua visita foi adiada devido à agenda apertada do presidente norte-americano, Barack Obama, informou o principal porta-voz do governo japonês nesta quinta-feira. O secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, disse que os países que Abe vai visitar estão na vanguarda do crescimento econômico da Ásia, e o Japão, afundado na deflação e preso em sua quarta recessão desde 2000, deve ampliar os laços econômicos. "É importante reforçar a cooperação com os países da Asean para garantir a paz e a prosperidade na região da Ásia-Pacífico", disse Suga, referindo-se à Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), composta por 10 membros, acrescentando que estes países também são estrategicamente importante para o Japão. As relações do Japão com a China tiveram uma queda acentuada em setembro passado, depois de uma contenda devido a uma longa disputa territorial sobre ilhotas no mar da China Oriental, reivindicadas pelos dois países. No entanto, Suga ressaltou que a viagem de Abe não era para contrabalancear a influência da China na região, que viu seu envolvimento em disputas territoriais crescer, à medida que uma China mais assertiva e seus vizinhos preocupam-se em proteger os recursos naturais. "A China é um país importante para o Japão", afirmou Suga, destacando a natureza estratégica das relações bilaterais do Japão com a segunda maior economia do mundo. Antes de sua eleição, no mês passado, Abe prometeu uma posição dura na disputa territorial com a China, mas especialistas acreditam que ele pode assumir uma posição mais pragmática agora que está no poder. (Reportagem de Antoni Slodkowski, em Tóquio, Manuel Mogato, em Manila)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.