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Premiê palestino pede calma após dia de violência

Apesar das declarações "apaziguadoras", Haniye defendeu a milícia do Hamas, que entrou em confronto com atiradores do Fatah em Gaza; ao menos 7 morreram

Por Agencia Estado
Atualização:

No pior dia de violência interna nos territórios palestinos desde que o Hamas subiu ao poder, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina (AP), Ismail Haniye, discursou pedindo calma à população. "Como primeiro-ministro, eu peço a todos os cidadãos que mostrem responsabilidade e que estejam acima das controvérsias, especialmente diante da séria escalada das forças de ocupação, que ameaçam expandir sua agressão em Gaza", disse o premiê, um membro o Hamas, referindo-se à Israel. Apesar das declarações "apaziguadoras", Haniye defendeu a milícia do Hamas, que entrou em confronto com atiradores do Fatah em Gaza neste domingo. Ao menos sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos confrontos. Segundo Haniye, os milicianos agiram dentro da lei quando tentaram barrar manifestações de servidores civis e oficiais de segurança que protestavam contra o atraso em seus pagamentos nos últimos seis meses. O premiê disse que o governo vinha sendo paciente com os protestos, mas argumentou que eles saíram de controle, "escorregando para violações, tiroteios e ataques às instituições". "Esses atos não podem ser aceitos por qual quer homem livre, independentemente de suas posições", disse. Haniye também criticou os agentes de segurança que participaram dos confrontos, dizendo que o trabalho deles era barrar a violência, e não incitá-la.

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