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Premier de Israel nega negociações de paz com a Síria

"A Síria irradia um terrorismo constante contra Israel", alega Ehud Olmert

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse nesta quinta-feira à rádio pública que não há bases para negociar a paz com a Síria. De acordo com Olmert, o motivo é o presidente sírio, Bashar al-Assad, fornecer armas à milícia do Hezbollah e apoiar organizações terroristas palestinas. "Neste momento, não há uma base para começar a negociar (a paz) com os sírios, devido ao seu comportamento", afirmou. Desta forma, Olmert desautorizou seu ministro da Defesa, Amir Peretz, líder do Partido Trabalhista, que disse estar disposto a negociar a paz com a Síria. Peretz afirmou esta semana que "a Síria é uma peça-chave para a estabilidade no Oriente Médio". No entanto, na quarta-feira Olmert pediu a seus ministros que se abstenham de declarações sobre o assunto. Olmert disse que é o único responsável pela posição oficial de Israel a respeito das negociações com a Síria. "A Síria é um centro que irradia um terrorismo constante contra Israel por meio do Hamas, da Jihad Islâmica e da Frente Popular para a Libertação da Palestina. É o principal apoio das organizações terroristas palestinas que tentam atacar Israel. Por isso, as ofertas de paz da Síria não podem ser levadas a sério." Em relação ao Líbano, Olmert não acredita numa nova guerra com a milícia do Hezbollah, pois "mudou a situação". Na sua avaliação, "é muito improvável que o Hezbollah volte por enquanto a um confronto aberto com Israel". "Nós mudamos a situação no sul do Líbano e o Hezbollah sabe disso muito bem", disse. Quanto aos três israelenses cativos, dois em poder do Hezbollah e um em Gaza, capturado por comandos palestinos do Movimento Islâmico Hamas e outras facções, Olmert garantiu que não negociará uma troca ou a libertação de prisioneiros libaneses e palestinos antes que os soldados de Israel sejam libertados. Porém, confirmou a jornalistas que nos próximos dias se reunirá com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. A data do encontro não foi revelada.

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