Premier do Líbano desmente acordo para desarmar o Hezbollah

No suposto acordo, o grupo seria desarmado em troca da retirada de Israel da disputada região das Fazendas de Chebaa

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Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, desmentiu nesta sexta-feira a aprovação de uma suposta proposta para desarmar o grupo xiita libanês Hezbollah em troca da retirada de Israel da controvertida região das Fazendas de Chebaa. A informação desmentida por Siniora foi originalmente publicada pelo jornal israelense Maariv e amplamente divulgada em seguida pela imprensa libanesa. De acordo com os jornais do Líbano, a proposta teria sido feita por Roed Terje Larsen, encarregado pela ONU de garantir o cumprimento da resolução 1559, que exige o desarmamento de todas as milícias no Líbano. "É uma história fabricada", assinalou em comunicado o escritório de Siniora. "O primeiro-ministro não tem nada para ocultar e sua postura é clara. Disse em várias ocasiões que Israel deve retirar-se das Fazendas ocupadas de Chebaa". "A suposta iniciativa é uma tentativa clara de provocar problemas similares aos do passado no Líbano, quando Israel tentava diminuir a tensão à que faz frente", acrescenta o texto. As Fazendas de Chebaa, entre as fronteiras do Líbano, Síria e Israel, são os únicos territórios que o Estado judeu não abandonou quando retirou sua tropas do sul do Líbano, em maio de 2000, após 22 anos de ocupação. Embora Israel considere as Fazendas de Chebaa como pertencentes ao território sírio, o Líbano as reivindica como própria. A polêmica região é hoje a razão de ser da milícia Hezbollah, que supostamente luta pela libertação dos territórios nacionais ocupados.

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