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Premier israelense é criticado por erros na invasão do Líbano

Ofensiva causou cerca de mil mortos no Líbano e mais de 150 em Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, recebeu muitas críticas em razão dos erros por sua atuação durante a invasão do Líbano. Os resultados provisórios da investigação sobre a atuação de Olmert, do ministro da Defesa, Amir Peretz, e do general Dan Halutz, chefe das Forças Armadas à época, será divulgado na segunda, mas a imprensa local começou a revelar parte de seu conteúdo neste domingo. A comissão presidida pelo juiz Eliezer Winograd, designada pelo Governo para investigar a atuação de Olmert por causa de protestos de reservistas da guerra e da oposição, afirma que ele atuou "erradamente e com pressa, deixando-se levar pelas decisões das autoridades militares". O Gabinete Nacional, sob seu comando, aprovou a ofensiva no sul do Líbano, em 12 de julho do ano passado, após a captura de dois soldados por milicianos libaneses que atravessaram a fronteira em uma operação que também custou a vida de outros oito combatentes. Os soldados capturados, ambos reservistas, ainda estão em poder do Hezbollah apesar da grande ofensiva israelense, que deixou cerca de mil mortos no Líbano e mais de 150 em Israel, além de grandes perdas materiais nos dois países. A disputa durou de meados de julho até 14 de agosto, quando o Conselho de Segurança da ONU acertou um cessar-fogo, supervisionado por uma força do organismo internacional e Tropas do Exército libanês, em vigor até o momento. Sobre o ministro da Defesa Peretz, ex-secretário-geral da Confederação de Trabalhadores (Histadrut), os investigadores sustentam que ele carecia de experiência e se deixou levar pelo general Halutz. O alto comando israelense desprezou a capacidade da milícia do Hezbollah, acreditando que venceria facilmente, apenas com bombardeios aéreos. Segundo o conteúdo divulgado do relatório, Halutz também não deu muita importância à artilharia da guerrilha libanesa, que lançou aproximadamente 4.000 foguetes Katyusha contra a população civil do norte de Israel, região muito prejudicada durante os 34 dias da guerra.

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