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Premier japonês pede desculpas por escravidão sexual

Porém o primeiro-ministro Shinzo Abe não admitiu que os militares tenham sido responsáveis por obrigar mulheres de países asiáticos a trabalharem em bordéis

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu desculpas nesta segunda-feira, 26, pelos atos dos militares nipônicos acusados de forçar mulheres à escravidão sexual durante a ocupação de territórios estrangeiros na primeira metade do século passado. O pedido de desculpas de Abe vem à tona depois de uma sucessão de recentes declarações do primeiro-ministro negando a responsabilidade dos soldados japoneses sob a alegação de falta de evidências. No pedido de desculpas, porém, ele não admitiu abertamente que militares japoneses tenham sido os responsáveis por obrigar mulheres de países asiáticos ocupados a trabalharem em bordéis. "Manifesto minha solidariedade pelo conforto das mulheres e peço desculpas pela situação na qual se encontraram", declarou Abe durante um debate parlamentar. "Como primeiro-ministro, desculpo-me aqui e agora", prosseguiu. Apesar do pedido de desculpas, as declarações de Abe estão bem distantes da exigência das vítimas e de seus representantes, que exigem uma admissão aberta de que militares japoneses transformaram mulheres de países asiáticos ocupados em escravas sexuais. Historiadores calculam que aproximadamente 200 mil mulheres foram obrigadas a trabalhar como prostitutas em bordéis operados pelo comando militar japonês. A maior parte das vítimas habitava a Península Coreana e a China.

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