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Premier malaio pede união contra a "dominação judaica"

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, afirmou, numa cúpula de líderes islâmicos, que os "judeus governam o mundo por procuração" e que os 1,3 bilhão de muçulmanos do mundo devem se unir, usando meios não violentos para uma "vitória final". Seu discurso, na cúpula da Organização da Conferência Islâmica (OCI), foi criticado por líderes judaicos, que advertiram que a manifestação poderia provocar violência contra os judeus. Mahathir criticou o que classificou como dominação judaica do mundo e a inabilidade das nações muçulmanas de responder adequadamente à situação. "Os europeus mataram 6 milhões de 12 milhões de judeus, mas hoje os judeus governam o mundo por procuração", disse Mahathir. "Fazem outros lutarem e morrerem por eles." Em Israel, o porta-voz do Ministério do Exterior Jonathan Peled mostrou-se desapontado com as declarações, mas não surpreso. "Não é novidade que em tais fóruns existe sempre uma tentativa de chegar ao mais baixo denominador comum, que são as críticas a Israel", disse. "Mas obviamente, gostaríamos de ver um tipo de declaração mais moderada e responsável vindo de tais cúpulas." A embaixadora dos Estados Unidos na Malásia, Marie Huhtala, recusou-se a comentar a fala de Mahathir. Admiradores no Ocidente e no mundo islâmico vêem a Malásia como um modelo para outras nações muçulmanas - minorias religiosas vivem com poucas restrições, mulheres desfrutam direitos relativamente iguais aos dos homens e Mahathir tem reprimido com dureza supostos terroristas.

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