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Presidente admite que Equador não estava preparado para enfrentar o novo coronavírus

Segundo Lenín Moreno, pandemia da covid-19 pegou o país de cofres vazios diante das dificuldades econômicas que atravessa

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Por Redação
Atualização:

QUITO - O presidente do Equador, Lenín Moreno, admitiu na quarta-feira, 15, que não estava preparado para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, que já matou centenas de pessoas no país e provocou o caos em Guayaquil, centro financeiro do país.

"Li e escutei vários comentários que assinalam que não estávamos preparados. Claro que não estávamos. Nenhum governo, de qualquer país, estava preparado", disse Moreno, destacando que a crise pegou o Equador de cofres vazios diante das dificuldades econômicas que o país atravessa.

O presidente do Equador, Lenín Moreno, declarou estado de exceção por 30 dias e toque de recolher de nove horas em oito províncias do país. Foto: Rodrigo Buendia/AFP

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O Equador, com 7.858 casos e 388 mortos confirmados (mais de mil óbitos suspeitos) é um dos países mais afetados da América Latina pela pandemia, que atinge especialmente a província de Guayas, cuja capital é Guayaquil.

A cidade tem registrado inúmeros casos de corpos sem remoção em residências e até nas ruas, com os hospitais lotados e a população clamando por ajuda. Moreno criou uma força conjunta de policiais e militares para enfrentar o colapso do sistema funerário na capital. 

As funerárias deixaram de trabalhar devido às restrições de mobilidade pelo toque de recolher e diante do temor de contaminação de seus funcionários. Jorge Wated, que comanda a força conjunta, informou que na terça-feira, 14, foram retirados cerca de 800 corpos de residências e outros 600 de hospitais.

A situação levou o vice-presidente, Otto Sonnenholzner, a pedir desculpas pela "forte deterioração" da imagem internacional do país. / AFP

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