Presidente afegão busca apoio chinês na economia

O presidente afegão, Hamid Karzaise reunirá com o chefe de Estado chinês, Hu Jintao, em busca de apoio econômico para o Afeganistão

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Por Agencia Estado
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O presidente afegão, Hamid Karzai, chegou nesta segunda a Pequim, onde se reunirá com o chefe de Estado chinês, Hu Jintao, e outros líderes comunistas em busca de apoio econômico para o Afeganistão, informou a agência oficial "Xinhua". Karzai, que participou na semana passada da cúpula de chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), se reunirá também com o presidente do Legislativo chinês, Wu Bangguo, e com o "número quatro" da hierarquia chinesa, Jia Qinglin. O único dos quatro máximos líderes chineses com quem Karzai não poderá se reunir será o primeiro-ministro Wen Jiabao, que está em uma viagem por vários países da África. O presidente afegão e os líderes chineses "trocarão pontos de vista sobre as relações bilaterais e assuntos regionais e internacionais de interesse comum", afirma a nota da agência estatal chinesa. Na semana passada, em seu discurso em Xangai aos representantes dos países-membros da SCO (China, Rússia, Tadjiquistão, Uzbequistão, Cazaquistão e Quirguistão), Karzai disse que a cooperação internacional de Cabul com esses países é "vital". A China e os outros membros da SCO trabalham na criação de um anel "antidrogas" ao redor do Afeganistão, em colaboração com Cabul, para frear o narcotráfico que se origina no país, um dos principais produtores mundiais de ópio. O líder afegão, que já visitou a China em 2002 em qualidade de presidente do Governo provisório, encerrará sua visita oficial ao país na região de Xinjiang (noroeste), que faz fronteira com o Afeganistão e onde vivem minorias de religião muçulmana com laços familiares com os povos da Ásia Central. A China presta ajuda econômica ao Afeganistão desde a queda do regime talibã em 2002, e várias empresas chinesas participam de projetos de cooperação e reconstrução do país. Em 2004, onze trabalhadores chineses que trabalhavam na construção de uma estrada em Kunduz (norte do Afeganistão) foram assassinados por grupos extremistas.

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