PUBLICIDADE

Presidente ameaça dissolver Parlamento na Ucrânia

Deputados estariam desrespeitando a Constituição e dificultando governabilidade

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Ucrânia, Victor Yuschenko, adverteu neste sábado, 31, que dissolverá o Parlamento caso sua maioria governante "não se guie pelos princípios constitucionais". "Se a maioria (parlamentar) não voltar a atuar de acordo com os princípios constitucionais, firmarei o decreto sobre a dissolução do Parlamento" disse o presidente ao intervir ante o Congresso. Pouco antes, o presidente reiterou que considera "ilegítimo" o processo de formação da maioria empreendido pelo bloco governante do Partido das Regiões, que há pouco incorporou 21 deputados que "desertaram" os partidos opositores pró-presidenciais. "Neste caso, não se trata de um simples jogo de números, senão do menosprezo da Constituição e da revisão dos resultados políticos das eleições", disse Yuschenko, que citou um artigo da Carta Magna que diz que a formação da maioria parlamentar deve levar em conta "exclusivamente o início das divisões e com base nos resultados eleitorais". O presidente formulou uma série de exigências ao Parlamento e ao governo "para consertar a crise política" que assola o país. Uma dessas exigências é que aprovem uma lei que obrigue os deputados a cumprir o mandato político pelos partidos que os elegerem. O presidente também advertiu contra qualquer intenção de pressionar ou bloquear as atividades do Tribunal Constitucional, que como conseqüência da política do Parlamento, "nos últimos seis meses não aprovou uma decisão sequer". Manifestantes simpatizantes do primeiro-ministro, Viktor Yanukovich, foram às ruas em Kiev para protestar contra possível dissolução do Parlamento, após ameaças do presidente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.