PEQUIM - O presidente chinês, Xi Jinping, chefe do partido, do Estado e do Exército, saiu ainda mais forte do encontro anual do Partido Comunista Chinês (PCC), que, durante quatro dias, reuniu-se a portas fechadas para decidir o destino do país mais populoso do mundo.
Em um comunicado após a reunião, realizada em um hotel de Pequim protegido com grandes medidas de segurança, o partido pediu aos seus 88 milhões de membros que "se unam estreitamente em torno do comitê central do PCC, com o camarada Xi Jinping ocupando um papel central", indica a agência oficial Xinhua.
O anúncio foi realizado após a reunião de quase 400 altos dirigentes do Comitê Central, um órgão que atua como uma espécie de Parlamento dentro do partido único e se reúne todos os anos para falar da disciplina interna e, em particular, da luta contra a corrupção.
O uso do termo "central" pode significar um reforço do poder de Xi Jinping, embora desde a morte de Mao Tsé-Tung, fundador do partido comunista, o poder seja exercido de maneira colegiada, um sistema para evitar a guinada autoritária da época do "Grande Timoneiro".
"É um imenso passo para trás nas reformas políticas e inconstitucionais" e um retorno ao "culto da personalidade" da época de Mao, lamenta Willy Lam, especialista em China e Partido Comunista da universidade chinesa de Hong Kong. / AFP