27 de agosto de 2012 | 21h57
Texto atualizado às 22h22 BOGOTÁ - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, confirmou nesta segunda-feira, 27, a aproximação para iniciar diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e assinalou que a segunda maior guerrilha, o Exército de Libertação Nacional (ELN), também pode fazer parte deste processo - como foi proposto pelo líder máximo deste grupo rebelde, Nicolás Rodríguez.
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Santos detalhou que a aproximação de seu governo com as Farc se baseará em três princípios. O primeiro deles é que se deve aprender "com os erros do passado para não repeti-los"; em segundo lugar, "qualquer processo tem que levar ao fim do conflito, não a seu prolongamento". E o terceiro, as forças de segurança do Estado "manterão as operações e a presença militar sobre cada centímetro do território nacional".
O chefe de Estado colombiano acrescentou que o país deve confiar plenamente que seu governo "está agindo com prudência, seriedade e firmeza, priorizando sempre o bem-estar e a tranquilidade de todos os habitantes de nosso país".
Santos indicou ainda que nos próximos dias "serão divulgados os resultados das aproximações com as Farc". Os conflitos com a guerrilha duram quase cinco décadas na Colômbia. Mais cedo, uma alta fonte informou à Reuters que as conversas entre Santos e as Farc englobam a não extradição dos altos chefes da guerrilha, muitos solicitados pelos EUA pelos crimes de narcotráfico e terrorismo.
Santos lembrou que desde o início do seu governo, em agosto de 2010, "cumpriu com a obrigação constitucional de buscar a paz" e que dela fazem parte o desenvolvimento das conversas com as Farc para tentar pôr fim ao conflito armado que castiga o país há quase meio século. Santos não revelou os lugares nem as datas nas quais aconteceram ditos diálogos. Segundo a televisão venezuela Telesur, as conversas podem ocorrer em Cuba ou na Noruega.
Há mais de uma semana, o ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe advertiu sobre a existência desse diálogo, mas ministros colombianos negaram ter conhecimento do assunto.
Com Efe e Reuters
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