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Presidente colombiano fala em fim de relação diplomática com a Venezuela

Iván Duque afirmou que deixará de fingir ter relação com Caracas a partir do próximo mandato de Maduro, que começa em janeiro; governo chavista condenou declarações

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O governo venezuelano condenou nesta terça-feira, 20, as afirmações do presidente colombiano, Iván Duque, sobre deixar para trás a relação diplomática entre os países a partir do momento em que Nicolás Maduro assumir o próximo mandato presidencial, a partir de janeiro. 

"A Venezuela manifesta sua firme condenação às expressões desesperadas do presidente da Colômbia contra as instituições democráticas e a vontade popular dos venezuelanos e venezuelanas", afirmou comunicado da chancelaria venezuelana. O texto foi divulgado após entrevista de Duque ao jornal El Tiempo, na qual afirmou que "não vai continuar fingindo manter relações diplomáticas" com Caracas assim que comece o próximo mandato do chavista.

Recentemente, o governo de Nicolás Maduro chamou de “fake news” a crise humanitária que resultou na migração de venezuelanos para a América Latina Foto: Werther Santana / Estadão

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"O governo no meu antecessor não reconheceu os últimos resultados eleitorais na Venezuela. Eu também não. Quando começar o novo período do ditador com essa aparência de formalidade, não vamos fingir continuar mantendo relações diplomáticas com um regime que viola a Resolução 1373 das Nações Unidas", afirmou o presidente colombiano. 

Para Caracas, as palavras do presidente vizinho são "agressões" e foram usadas para tirar o foco "da dramática queda de popularidade da gestaão (de Duque) refletida em recentes pesquisas que evidenciam a insatisfação do povo irmão colombiano". 

"É absolutamente risível que o presidente do país líder mundial em narcotráfico, narcopolítica, paramilitarismo, parapolítica, sequestros, produção e distribuição de drogas e violência seletiva contra líderes sociais queira dar lições de democracia", acrescenta o comunicado do governo chavista. / EFE

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