Presidente da ANP pede restauração da lei e da ordem

Mahmoud Abbas também pediu à comunidade internacional que levante o embargo imposto ao governo do Hamas, que perdura desde março do ano passado

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu neste sábado, 7, aos organismos de segurança para que restabeleçam a ordem, às facções da resistência que cessem seus ataques de Gaza contra Israel e solicitou à comunidade internacional que levante o embargo ao governo. Quanto aos milicianos que costumam disparar foguetes Qassam do norte de Gaza contra o sul de Israel, Abbas os exortou a deixar de lançar "esses foguetes absurdos". O último disparo foi registrado neste sábado contra a cidade de Sderot, onde um foguete danificou o depósito de uma fábrica, mas não provocou vítimas, pois não havia trabalhadores no local. O lançamento seguiu a morte de um miliciano da Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), Fouad Maaruf, de 22 anos, em um ataque de helicópteros da Força Aérea israelense no norte de Gaza. Abbas, que em outras ocasiões já havia criticado o disparo dos Qassam e as represálias de Israel, fez as novas declarações na cerimônia de graduação de oficiais da Guarda Presidencial, após três meses de curso de treinamento na Cidade de Gaza. O presidente também chamou os dez organismos de segurança da ANP a "restabelecer a ordem e a lei nas ruas e a pôr fim ao caos" que afeta a população. Abbas reiterou ainda seus pedidos ao Quarteto de Madri e à comunidade internacional pelo levantamento do embargo econômico imposto ao governo do Hamas, em março do ano passado. O embargo segue de pé apesar da coalizão entre os islâmicos e os nacionalistas do Fatah que criou um novo governo de união nacional. A insegurança semeada pelas milícias e grupos armados de clãs familiares será objeto de debate em uma reunião extraordinária do Gabinete Nacional - presidido pelo primeiro-ministro Ismail Haniyeh - com a intenção de encontrar uma solução. O ministro do Interior, Hani Kawasmi, apresentou a seus colegas um plano para restabelecer o império da lei em 100 dias com a cooperação de todos os organismos de segurança.

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