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Presidente da China anuncia bilhões para iniciativa da 'Nova Rota da Seda'

Em evento com 29 líderes mundiais, Xi Jinping buscou reforçar sua imagem de defensor do livre comércio e fortalecer-se como um líder global

Atualização:

PEQUIM - O presidente da China, Xi Jinping, ofereceu dezenas de bilhões de dólares para projetos que integram sua política externa de ligar o país cada vez mais à Ásia, Europa e África. O anúncio foi feito na abertura do segundo dia de uma conferência com líderes de 29 países em Pequim no domingo, 14.

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O evento Belt and Road Forum é a mais recente investida de Xi, que busca colocar-se como um líder global e defensor do livre comércio. Governos de países como Rússia, Índia e Estados Unidos, no entanto, estão desconfortáveis por acreditar que a China está usando seu status de segunda maior economia para ampliar sua influência política. 

"Temos que construir uma plataforma aberta de cooperação, e nos manter e crescer como uma economia mundial", disse. Apesar da defesa pública do livre comércio, Pequim enfrenta crescentes queixas de que o governo está dificultando ou reduzindo o acesso ao mercado chinês para companhias estrangeiras.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi um dos mandatários dos 29 países que participaram do evento em Pequim. Foto: Wu Hong/AP

O presidente disse que a China vai acrescentar S$ 14,5 bilhões (R$ 45 bilhões) para a iniciativa da Rota da Seda, que financia projetos de infraestrutura, e que iria fornecer também US$ 8,7 bilhões (R$ 27 bilhões) a países em desenvolvimento e organizações internacionais que participarem da iniciativa de reviver a antiga rota de comércio. 

Dois bancos chineses também organizaram sistemas de empréstimos no valor de US$ 55 bilhões (R$ 171 bilhões) para apoiar os projetos, afirmou Xi. 

O "Cinturão Econômico da Rota da Seda" de Xi Jinping e a "Rota da Seda Marítima do Século 21" vão ligar a China ao restante da Ásia, África e à Europa. Ao construir a infraestrutura em todo o percurso da Rota da Seda - de estradas a vias férreas, de portos a dutos de petróleo e derivados - a China espera construir "uma comunidade de interesses, destinos e responsabilidades comuns". / AP

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