Presidente da Coreia do Sul quer receber Kim Jong-un em Seul

Visita, que seria a primeira desde 1953, era aguardada para acontecer ainda este ano; expectativa é que reunião viabilize outro encontro entre o norte-coreano e Donald Trump

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AUCKLAND - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, afirmou nesta terça-feira, 4, que aguarda uma visita do líder norte-coreano Kim Jong-un a Seul em breve. Para o sul-coreano, o encontro seria um grande passo para a desnuclearização da península.

"Há uma possibilidade de que a visita de Kim Jong Un a Seul seja feita antes do final do ano, mas há coisas mais importantes do que o calendário", disse Moon durante visita à Nova Zelândia, segundo a tradução em inglês de suas declarações.

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante coletiva de imprensa em Auckland, na Nova Zelândia Foto: Diego Opatowsk / AFP

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Os dois líderes se encontraram três vezes em 2018, em uma demonstração da reaproximação entre as duas Coreias. A viagem de Kim para Seul era aguardada para acontecer antes do final do ano, o que seria a primeira visita de um líder norte-coreano à capital desde o final da guerra (1950-1953). A estagnação no diálogo sobre a desnuclearização, no entanto, atrapalhou os planos para o encontro.

"Não importa se será este ano ou não. O que importa é que a visita do líder norte-coreano à Coreia do Sul dará, sem dúvida, um impulso ao processo de desnuclearização na península coreana", afirmou. "Podemos melhorar as relações bilaterais, alcançar uma paz definitiva na península coreana e a desnuclearização", continuou.

Na opinião do presidente sul-coreano, a reunião em Seul também pode servir para melhorar as relações entre Pyongyang e Washington. Para Moon, a visita poderia viabilizar um novo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Kim Jong Un. "Acho que nossos esforços darão um impulso positivo a uma segunda cúpula dos EUA e da Coreia", disse ele.

No sábado, 2, Trump confirmou que esperava organizar, provavelmente em janeiro ou fevereiro, uma segunda reunião com Kim Jong Un. Atualmente, Washington defende a manutenção das sanções contra a Coreia do Norte por conta de seus programas nucleares e balísticos.

"O presidente Trump e eu compartilhamos o mesmo ponto de vista sobre isso", disse Moon.

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