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Presidente da Indonésia descarta renúncia

Apesar da fragilidade, da crescente onda de protestos por parte da população e da perda de antigos aliados, Abdurrahman Wahid diz que só sai em 2004.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Indonésia, Abdurrahman Wahid, deixou claro que vai lutar para se manter no cargo, mesmo com a moção de censura aprovada ontem pelo Parlamento. "Não há o que discutir sobre se eu vou renunciar", afirmou. "Eu não vou deixar o cargo até o final do meu mandato em 2004", complementou, em uma mesquita em Jacarta. Wahid negou a existência de um plano de demissões de vários altos funcionários do governo e oficiais militares. Por toda a Indonésia há pedidos para que ele deixe o cargo ou permaneça fora das investigações iniciadas depois que o Parlamento o censurou diante das acusações de envolvimento em desvio de US$ 6 milhões. Segundo um dos porta-vozes dos legisladores, Amien Rais, que já foi aliado de Wahid e agora faz parte do grupo de oposição, o demorado processo de convocar uma sessão especial para decidir sobre a questão deveria ser contornado para evitar instabilidade no país depois da moção de censura. "A hemorragia deve ser estancada. Caso contrário, a situação se tornará pior", declarou Rais. Segundo ele, a credibilidade do atual presidente caiu para zero".

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