
18 de março de 2010 | 10h48
ABUJA - O presidente interino da Nigéria, Goodluck Jonathan, nomeará um novo gabinete de governo na próxima semana e deverá reempossar metade dos ministros que destituiu ao dissolver a antiga equipe ministerial na quarta-feira, informaram nesta quinta, 18, fontes do governo.
A rápida nomeação dos ministros é um fator que pode aliviar a incerteza na Nigéria. O presidente dissolveu o gabinete do mandatário anterior, Umaru Yar'adua, para consolidar sua autoridade um mês depois de assumiu o poder. "Vinte ministros certamente voltarão", disse uma fonte que pediu para não ser identificada, acrescentando que Jonathan deverá indicar os nomes na terça.
O ex-ministro do Estado para o Petróleo Odein Ajumogoiba deve se tornar novamente o titular da pasta enquanto o ministro da Defesa Godwin Abbe, que está por trás do projeto de anistia para o Delta nigeriano, deve retomar o cargo, segundo a fonte.
O porta-voz de Jonathan, Ima Niboro, disse que "a dissolução do gabinete é uma tentativa de injetar sangue e trazer mais vigor ao governo". Escolher um novo gabinete mantendo um grande número de ministros sugere que a Nigéria não terá muitas mudanças em sua política sob o comando de Jonathan nos 14 meses de governo que restam até as próximas eleições.
Jonathan assumiu os poderes executivos no início de fevereiro para tentar dar um fim à instabilidade causada pela ausência do presidente Yar'adua, que estava internado na Arábia Saudita com problemas no coração. O presidente já retornou, mas continua muito doente para governar e a decisão de Jonathan de dissolver o parlamento reforça a tese de que Yar'adua não deve voltar ao poder.
As ações e declarações de Jonathan, porém, mostram que ele deverá dar continuidade às políticas já iniciadas por Yar'adua, como a luta contra a corrupção, as reformas eleitorais e o projeto de anistia par aos rebeldes do Delta nigeriano.
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