
19 de janeiro de 2014 | 09h21
O levante popular na Síria, que começou em março de 2011, já deixou mais de 130 mil mortos e milhões de desalojados e desabrigados, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU).
Neste sábado, um dos principais grupos de oposição a Assad, a Coalizão Nacional Síria, concordou em participar de negociações de paz que devem ocorrer na próxima quarta-feira na cidade de Montreux, na Suíça. Segundo o líder da organização, Ahmad al-Jarba, os rebeldes não vão fazer "nenhuma barganha com relação aos princípios da revolução" e não serão "enganados" pelo regime Assad. "A mesa de negociações para nós é um caminho para atingir as demandas da revolução, sendo a principal delas a remoção desse ''carniceiro'' do poder", afirmou.
O grupo Frente Revolucionária Síria também apoia uma solução política para o conflito, desde que Assad deixe o poder, segundo afirmou o porta-voz Issam el-Rayyes. Entretanto, outras organizações rebeldes mais radicais, algumas delas ligadas à rede terrorista Al Qaeda, se recusam a negociar.
Em um aparente gesto de boa fé, as tropas de Assad permitiram neste sábado que carregamentos com água e comida chegassem ao campo de refugiados de Yarmouk, segundo informou o porta-voz da agência da ONU para refugiados palestinos, Chris Gunness. A área, que é controlada pelos rebeldes, é uma das que mais sofre com a escassez de alimentos. Segundo fontes locais, pelo menos 46 pessoas morreram de fome no acampamento desde outubro do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.
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