Presidente da Ucrânia diz que negociará data de eleições

Yushchenko recua, mas não vai retirar ordem para dissolução do Parlamento

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, disse nesta terça-feira, 10, que não retirará a ordem para dissolver o Parlamento, que levou o país a uma crise política. Ao mesmo tempo, ele afirmou que está pronto a discutir a data das novas eleições, em um aparente recuo para chegar a um acordo com a oposição. Yushchenko ordenou que o Parlamento se dissolva e que as eleições parlamentares sejam antecipadas, ao acusar o Parlamento de tentar usurpar os poderes do presidente. A oposição, liderada pelo primeiro-ministro, Viktor Yanukovych, afirmou que a ordem é inconstitucional e convocou protestos públicos, além de acionar a Corte Constitucional. Na noite da terça-feira, a Corte Constitucional da Ucrânia informou que o pedido da oposição só começará a ser debatido em 17 de abril. Sem uma solução rápida à vista, Yushchenko admitiu que ele está preparado para adiar as eleições parlamentares, que ele convocou para 27 de maio. "A data é uma das questões que podem ser resolvidas em negociações políticas," Yushchenko disse a um grupo de jornalistas. Nesta terça-feira, cinco dos 18 juízes da Corte Constitucional recusaram-se a julgar o pedido da oposição, alegando pressões do partido de Yanukovych. Mais tarde, o chefe dos magistrados decidiu adiar as audiências para 17 de abril. Yushchenko disse estar convencido que a Corte resolverá a questão a seu favor e pediu a todos os políticos que aceitem a decisão. Yanukovych disse que seu partido aceitará o parecer da Corte, mas expressou grave preocupação com a ação dos cinco juízes. Na manhã desta terça-feira, cerca de 20 mil partidários de Yanukovych protestaram contra o presidente na Praça da Independência em Kiev.

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