Presidente das Filipinas ameaça jogar funcionários corruptos de helicóptero

Rodrigo Duterte afirmou que já fez isso antes e não teria problemas em repetir o gesto para punir servidores; porta-voz diz que história é uma 'lenda urbana'

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Por Redação
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MANILA - O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ameaçou funcionários públicos corruptos com a possibilidade de serem jogados de um helicóptero em pleno ar, alertando que já fez isso antes e não teria problemas para fazer novamente. O ex-procurador de temperamento incendiário disse que certa vez lançou um chinês suspeito de estupro e assassinato para fora de um helicóptero.

"Se você for corrupto, irei buscá-lo e levá-lo a Manila usando um helicóptero e irei atirá-lo para fora. Fiz isso antes, por que não o faria novamente?", disse Duterte, na terça-feira, durante discurso a vítimas de um tufão gravado em um vídeo que foi divulgado pelo gabinete presidencial.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte (D) ameaçou jogar funcionários corruptos de helicópteros em pleno ar Foto: REUTERS/Lean Daval Jr.

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A ameaça mais recente do líder ocorre poucas semanas depois de ele admitir que matou pessoas durante seus 22 anos como prefeito da cidade de Davao, às vezes usando uma moto para realizar "encontros para matar". Alguns senadores alertaram Duterte que ele corre risco de sofrer um impeachment por conta de seus comentários.

O presidente vem repetindo que estas mortes foram parte de operações policiais legítimas, incluindo um sequestro, e os mortos eram criminosos, não suspeitos. Não ficou claro de imediato quando ou onde o incidente do helicóptero relatado por Duterte aconteceu.

Em uma entrevista ao canal filipino de notícias ABS-CBN exibido nesta quinta-feira, 29, Duterte se esquivou quando indagado se o fato realmente ocorreu. "Helicóptero para atirar uma pessoa?", indagou. "E se for verdade, não irei admiti-lo". Mais cedo, seu porta-voz, Ernesto Abella, insinuou que a história é uma "lenda urbana".

Duterte ainda disse que seis pessoas que foram presas na semana passada na capital durante a apreensão de mais de meia tonelada de metanfetamina tiveram sorte por ele estar fora da cidade. / REUTERS

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