Presidente das Filipinas assina lei que suprime a pena de morte

Com a nova lei, mais de l.200 detentos que aguardavam execução por injeção letal serão indultados

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Por Agencia Estado
Atualização:

A presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, assinou lei que acaba com a pena de morte no país. Foi o primeiro ato de Arroyo após sair do hospital em que foi internada na quinta-feira, com problemas intestinais. Só faltava a assinatura de Arroyo para as Filipinas se unirem ao grupo de três nações da região da Ásia-Pacífico - Austrália, Nova Zelândia e Timor Leste - onde não existe a pena capital. A lei substitui a pena de morte pela prisão perpétua. Para a presidente, a mudança "marca o fim de uma era de justiça vingativa". Arroyo enfrentou uma forte oposição de setores da sociedade filipina favoráveis à pena de morte, entre eles associações de vítimas de seqüestros e assassinatos. Ela argumentou que as execuções "mostraram não ser úteis a seu principal objetivo de reduzir os crimes hediondos". Gloria Macapagal Arroyo também citou suas crenças católicas para explicar sua rejeição à pena de morte. Mas foi acusada de oportunismo por acelerar o processo antes das suas visitas ao Vaticano e à Espanha. A oposição alega que a presidente tenta de ganhar o apoio da influente Igreja Católica filipina, diante das acusações de fraude eleitoral e das pressões da oposição para que Arroyo renuncie. A crise no país já dura um ano.

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