Presidente de Mali renuncia ao cargo

Amadou Toumani Touré foi destituído do cargo por um golpe militar no dia 22 de março

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Bamaco - O presidente de Mali, Amadou Toumani Touré, destituído por um golpe militar em 22 de março, apresentou oficialmente sua renúncia neste domingo, confirmou à Agência Efe um porta-voz do futuro chefe de Estado interino, Dioncounda Traoré.

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A renúncia de Touré abre caminho para o período de transição e a realização de novas eleições presidenciais no prazo de 40 dias.

A carta de renúncia de Touré foi entregue ao ministro das Relações Exteriores de Burkina Fasso, Djibrill Bassole, pelo fato de ser o mediador designado pela Comunidade Econômica de África Ocidental (Cedeao).

O próximo passo será o anúncio do chefe golpista e líder da Junta militar, capitão Amadou Haya Sanogo, que se retira do poder.

O Conselho Constitucional malinês deverá depois proclamar o cargo vago de acordo com a lei fundamental do país antes que Traoré, até agora presidente do Parlamento, possa ser empossado como chefe de Estado interino.

A renúncia de Touré é parte do acordo alcançado na sexta-feira entre a Cedeao e a Junta militar a respeito de uma solução que permita retorno rápido a ordem constitucional.

Pelo acordo, os golpistas restituem o poder aos civis e permitem o funcionamento normal das instituições.

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Mali será dirigida provisoriamente por Traoré, que deve nomear um Governo de transição encarregado de organizar eleições presidenciais para o prazo máximo de 40 dias.

Traoré retornou a Mali no sábado a partir de Burkina Fasso, onde estava quando aconteceu o golpe de Estado em 22 de março.

Além da crise no poder e da organização do pleito, Traoré também deverá enfrentar a situação no norte do país, onde na sexta-feira um grupo de rebeldes tuaregues proclamou o Estado independente de Azawad.

Em declaração à imprensa pouco após aterrissar no aeroporto internacional de Bamaco, o futuro presidente interino chamou seus compatriotas a "reconquistar a integridade do país".

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